A importância das vacinas: proteção individual e coletiva

Quando falamos na importância das vacinas, existe um dado que comprova o quanto essas substâncias são essenciais para a humanidade: elas já salvaram cerca de 154 milhões de vidas durante 50 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

São uma das maiores conquistas da medicina moderna. Desde sua introdução, têm desempenhado um papel essencial na prevenção de doenças graves e na promoção da saúde coletiva. 

Porém, vários mitos e dúvidas ainda rondam os imunizantes. Por isso, preparei este material para explicar tudo o que você precisa saber sobre as vacinas. Confira! 

Como as vacinas são produzidas?

A produção de vacinas é um processo complexo e altamente regulamentado, envolvendo várias etapas que garantem sua segurança e eficácia. Existem diferentes tipos de imunizantes, cada um desenvolvido para atender às características específicas de determinados patógenos. 

Vacinas de microrganismos inativados

São produzidas a partir de microrganismos (bactérias ou vírus) que foram inativados, geralmente por meio de calor ou produtos químicos. Alguns exemplos incluem a vacina contra a hepatite A e a poliomielite inativada.

Atenuadas

As substâncias atenuadas possuem formas enfraquecidas do patógeno, capazes de estimular uma resposta imunológica sem causar a doença. São exemplos as vacinas contra o sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral).

Subunidades ou fragmentos

Essas vacinas utilizam apenas partes específicas do patógeno, como proteínas ou polissacarídeos. A proteção contra o HPV e gripe são exemplos desse tipo.

Vacinas de DNA e RNA

Uma inovação recente, as vacinas de DNA ou RNA utilizam material genético do microrganismo para instruir as células humanas a produzirem uma proteína que desencadeia a resposta imunológica. O imunizante contra a covid-19 é um clássico exemplo.

Vetoriais

Nesta abordagem, utiliza-se um vírus modificado (vetor) para introduzir material genético do patógeno no organismo. Essa tecnologia foi também amplamente usada em algumas vacinas contra a covid-19.

A importância das vacinas e como atuam no sistema imunológico

As vacinas são projetadas para “treinar” o sistema imunológico, permitindo que ele reconheça e faça o combate às infecções futuras de maneira eficiente. Esse processo envolve várias etapas:

1. Introdução de um antígeno

O antígeno é a substância presente na vacina que estimula o sistema imunológico. Pode ser uma proteína, parte do patógeno ou material genético que desencadeia a produção de anticorpos.

2. Ativação do sistema imunológico

Ao identificar o antígeno, o sistema imunológico mobiliza diferentes células de defesa, como linfócitos T e B. Os linfócitos T ajudam a destruir células infectadas, enquanto os linfócitos B produzem anticorpos específicos.

3. Formação de memória imunológica

Uma vez exposto ao antígeno, o sistema imunológico “memoriza” sua estrutura, permitindo uma resposta rápida e eficaz em caso de infecção futura.

4. Papel dos adjuvantes

Algumas vacinas contêm adjuvantes, substâncias que aumentam a resposta imunológica. Eles ajudam a reduzir a quantidade de antígeno necessária e a prolongar a proteção.

Contribuição das vacinas para a saúde coletiva

A imunização em massa exerce um impacto profundo na saúde da população. Primeiro, com a prevenção de epidemias, pois reduzem significativamente a circulação de patógenos na comunidade.

Isso ajuda a proteger grupos vulneráveis que não podem ser imunizados, como pessoas imunossuprimidas e bebês muito jovens. É a chamada “imunidade de rebanho”. 

Ao prevenir doenças graves, as vacinas também reduzem custos com tratamentos médicos, hospitalizações e afastamentos do trabalho, beneficiando a economia.

Não podemos esquecer que, graças à vacinação, algumas doenças, como a varíola, foram erradicadas. Já a poliomielite, que prejudicava tantas infâncias, foi eliminada no Brasil. 

Porém, mesmo com essas boas notícias, devemos continuar nos cuidando. Toda a população precisa manter a carteira de vacinação atualizada, dos bebês aos idosos. 

Mitos e verdades sobre as vacinas

Chegou o momento de solucionar algumas dúvidas sobre as vacinas. Confira as crenças mais comuns:

1. As vacinas são seguras?

Sim. Antes de serem aprovadas, as vacinas passam por estudos rigorosos e monitoramento constante após sua introdução no mercado.

2. Os imunizantes podem causar doenças?

Não. As vacinas são projetadas para estimular a imunidade sem causar a doença. Os efeitos colaterais, quando ocorrem, são geralmente leves e temporários.

3. Por que é necessário vacinar mesmo com baixa incidência de uma doença?

Porque a baixa incidência é um resultado direto da vacinação. Interromper a imunização pode levar ao retorno das doenças.

A importância das vacinas deve estar sempre em foco

Como você percebeu, as vacinas são ferramentas indispensáveis para a prevenção de doenças e a promoção da saúde coletiva. 

Ao compreender como são produzidas, como atuam no organismo e seus impactos na sociedade, reforçamos a confiança nesse avanço científico. Afinal, vacinar-se não é apenas um ato de proteção individual, mas também um compromisso com a saúde de todos.

Caso você tenha alguma dúvida sobre o esquema vacinal que você precisa tomar, consulte um médico infectologista.