Uma descoberta que marcou a história mundial e gerou uma pandemia: a identificação do vírus HIV, assim como a doença que ele gera, na década de 1980. Muito tempo se passou desde então e, felizmente, grandes avanços foram realizados para a prevenção e tratamento.
Porém, preconceitos e mitos ainda estão presentes, afetando especialmente quem é soropositivo, ou seja, possui o HIV na corrente sanguínea.
Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 1 milhão de brasileiros convivem com o HIV, mas 10% deles não sabem disso. A boa notícia é que 81% dos pacientes diagnosticados fazem tratamento com os medicamentos antirretrovirais, sendo que 95% deles estão com carga viral indetectável.
Vamos entender mais sobre o assunto, como ocorre a infecção por HIV, o que é a aids e vários outros aspectos importantes? Continue lendo e confira!
Desvendando o HIV
O vírus HIV tem o nome técnico de “Vírus da Imunodeficiência Humana”. Ele ataca as células do sistema imunológico, principalmente os linfócitos T CD4+.
Quando esse microrganismo não é controlado no corpo, ele evolui para a aids, que é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Isso faz com que a pessoa fique mais suscetível a infecções graves, que colocam a vida em risco.
O vírus é transmitido pelos fluidos trocados durante as relações sexuais sem preservativo (seja vaginal, anal ou oral), além de sangue contaminado, como em materiais perfurocortantes não esterilizados.
Outra forma de transmissão é a chamada “vertical”, quando uma mãe soropositivo repassa o microrganismos ao filho por meio da placenta (durante a gestação), parto ou amamentação.
O que não transmite o HIV
Para derrubar preconceitos sobre a infecção por HIV, é preciso ressaltar que o vírus não é transmitido por apertos de mão, abraços, beijos, contato com suor ou lágrimas, picadas de insetos ou compartilhamento de talheres.
Como obter o diagnóstico?
Receber o diagnóstico de HIV é algo que assusta, mas é importante saber se você é soropositivo ou não. Isso permite o início do tratamento rapidamente.
A identificação é realizada por um teste rápido de sangue, que está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
No entanto, quando a infecção ocorreu a menos de 30 dias, o vírus pode não ser identificado no exame. É a chamada “janela imunológica”. Nessas situações, é necessário realizar o teste mais de uma vez.
HIV tem tratamento
Apesar de não existir uma cura definitiva, é sempre essencial ressaltar que há tratamento para controlar a presença do vírus HIV no organismo, evitando o desenvolvimento da aids.
Isso é possível pelo uso da terapia antirretroviral, que é um conjunto de medicamentos com o objetivo de barrar os ciclos do microrganismo, impedindo-o de se multiplicar.
Com a manutenção correta do tratamento, o paciente pode atingir a carga viral indetectável, quando o vírus não é mais identificável na corrente sanguínea. Assim, também não é transmissível a outras pessoas. Porém, mesmo nesta etapa, o uso dos remédios deve continuar.
Você pode se prevenir contra o HIV e aids
Mesmo com todas as evoluções da medicina, a prevenção contra o HIV e aids é a melhor escolha. Para isso, coloque na sua rotina os seguintes cuidados:
- usar camisinha em todas as relações sexuais;
- não compartilhar agulhas, seringas e outros materiais perfurocortantes;
- garantir que os equipamentos de procedimentos médicos e estéticos estejam esterilizados;
- realizar o acompanhamento pré-natal durante a gestação.
Caso você vivencie situações de risco para a infecção por HIV, saiba que existe a profilaxia pré-exposição (PreP), um tipo de antirretroviral que ajuda a evitar o contágio. Enquanto isso, a profilaxia pós-exposição deve ser tomada depois de um evento de risco, em até 72 horas.
Tenha ainda o médico infectologista como seu aliado para solucionar qualquer dúvida a respeito do HIV e aids, seja para a prevenção ou com os cuidados após o diagnóstico. Lembre-se que, mesmo sendo soropositivo, a vida pode ser plena e saudável!